Judicialização não é descartada por grupo de Marília Arraes…

Após sair vencedora da disputa interna entre aliancistas e candidatura própria com ampla margem de apoio, a vereadora do Recife, Marília Arraes (PT), trabalha para consolidar a decisão da base petista no Diretório Nacional. Com a vitória de ontem, o grupo avaliou que houve um empate técnico e o jogo estaria zerado para a resolução de hoje. Mas, em caso de vitória, a questão pode ser levada para a Convenção Nacional, amanhã, e, em último caso, à Justiça Eleitoral. A petista estará presente, como convidada, na reunião de hoje, em São Paulo.

A ideia do grupo dela é obter a chancela da Direção Nacional e protocolar o registro de candidatura dela no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), mas não descarta judicializar o processo, caso seja necessário. O prazo para registro é até 15 de agosto e esta é a data limite para a estratégia da petista. Em último caso, o caminho natural para a Marília é disputar uma vaga à Câmara dos Deputados, que – no primeiro momento – havia resistência por parte da vereadora, mas tornou-se uma solução viável, sem subir no palanque do governador Paulo Câmara (PSB). 

Após o pacto de neutralidade na corrida presidencial firmado entre PT e PSB, uma possível candidatura de Túlio Gadelha (PDT) ao Governo de Pernambuco teria entrado no radar do partido. Nos bastidores, comenta-se que a petista poderia ser dissidente e apoiar a postulação do pedetista ao governo estadual. Marília e Gadelha possuem boa relação, ele, inclusive, era um ferrenho defensor da candidatura dela, mesmo o PDT estando na base de Câmara.

Anteontem, Marília disse que não judicializaria o processo e que tentaria resolver o imbróglio dentro das esferas partidárias. “Até segunda-feira muita coisa pode acontecer”, disse, após saber da decisão da Comissão Executiva Nacional do PT, pró-aliança com o PSB. (Folha de Pernambuco)