Congresso começa a analisar impeachment…

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No meio do fogo cruzado, o governo teve, pelo menos uma boa notícia:impondo nova derrota à Câmara, o Supremo Tribunal Federal manteve, ontem, o rito definido pelo tribunal para o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff no Congresso. Por 9 votos a 2, os ministros rejeitaram o recurso apresentado pela Mesa Diretora da Câmara, presidida por Cunha, pedindo a revisão de pontos centrais das regras.

Com isso, Dilma começa a ser alvo do processo. O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, marcou para esta quinta-feira (17) a instalação da comissão que irá analisar o pedido. A reunião entre Cunha e líderes partidários foi realizada em meio ao recrudescimento, na última quarta (16), da pressão pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff.

Pelo novo rito, os líderes partidários terão ate às 12h de hoje para indicar os 65 deputados que irão analisar o caso, nos parâmetros definidos pelo STF. A eleição da comissão, em votação aberta, deve acontecer também nesta quinta. A instalação da comissão ocorrerá por volta das 17h.

Continua…

Após isso, há um prazo de 10 sessões plenárias para a apresentação da defesa de Dilma e, depois, mais cinco sessões para que a comissão aprove o relatório.

A palavra final será dada pelo plenário da Câmara, em votação aberta e com chamada ao microfone. A autorização para a abertura do processo de impeachment se dará pelo voto de pelo menos 342 dos 512 deputados – Cunha não vota nesse caso. Dilma só é afastada do cargo caso o Senado ratifique a decisão da Câmara.

Pelo roteiro traçado por Cunha, com sessões de segunda a sexta, a decisão iria a voto no plenário da Câmara na segunda quinzena de abril. Caso a Câmara mantenha a tradição de realizar sessões de terça a quinta apenas, a votação no plenário deve se dar na primeira quinzena de maio. (Folha de Pernambuco)