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  • O Supremo Tribunal Federal (STF) convocou audiência pública, na segunda-feira (15), com o propósito de debater o ensino religioso nas escolas públicas. A audiência foi convocada pelo ministro Roberto Barroso, relator da ação direta de inconstitucionalidade (Adin), na qual a Procuradoria-Geral da República pede que a Corte reconheça que o ensino religioso é de natureza não confessional, com a proibição de admissão de professores que atuem como “representantes de confissões religiosas”. Ao solicitar a participação por e-mail, deve constar a qualificação da entidade ou especialista, currículo resumido e um sumário das posições que serão defendidas no evento. Os critérios de seleção dos participantes serão de acordo com a representatividade da entidade religiosa, qualificação do expositor e distribuição de pluralidade. A Procuradoria-Geral da República ainda defende a tese de que a única forma de compatibilizar o caráter laico do Estado brasileiro com o ensino religioso nas escolas públicas consiste na adoção de modelo não confessional.

  • A descrença da população brasileira em relação aos partidos está criando uma situação inédita na jovem democracia brasileira. Nunca houve tão poucas pessoas se filiando a legendas em um ano de pré-eleição municipal, período que mais mobiliza adesões partidárias nos ciclos de quatro anos em que se preparam e disputam os cargos eletivos no País – vereador e prefeito em uma votação; deputados, senadores, governadores e presidente no biênio seguinte. Os dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mostram que desde 1995, quando foi instituída a obrigação de se filiar a um partido um ano antes da votação para poder sair candidato, ocorrem ondas de adesão partidária nos anos anteriores às eleições municipais, como mostrou o Estadão Dados no ano passado. Sete em dez brasileiros que hoje são ligados a um partido assinaram a ficha de filiação no ano entre as eleições gerais e as municipais. Em 2011, por exemplo, houve 1,9 milhão de novas filiações – número dez vezes maior que no ano anterior, fenômeno que se repetiu em 2007, 2003, 1999 e 1995. Em 2015, essa regra parece ter perdido força. Foram 77 mil novas filiações nos primeiros cem dias do ano, praticamente o mesmo número do ano passado – ou, numa comparação mais justa, queda de 60% em relação ao mesmo período de 2011, ano anterior à realização dos últimos pleitos municipais. Se o ritmo de filiações em 2015 for similar ao de quatro anos atrás, o Brasil chegará a dezembro com cerca de 620 mil novos filiados, o que representará a menor mobilização de filiação pré-eleição municipal em toda a série histórica desde a redemocratização.

  • Os brasileiros acham que existe uma crise econômica no país neste momento. É o que revela a primeira de uma série de pesquisas do IBOPE Inteligência que serão realizadas com o objetivo de compreender em profundidade o contexto atual e o impacto no comportamento e consumo da população brasileira. De acordo com o estudo, 87% dos entrevistados creem que há uma crise econômica no Brasil, sobretudo os que possuem renda familiar acima de cinco salários mínimos, os que completaram o ensino superior e os que moram em cidades com mais de 500 mil habitantes, grupos nos quais essa percepção é de, no mínimo, 90%. O principal motivo para os brasileiros dizerem que há uma crise econômica no país é o aumento dos preços dos produtos e serviços (inflação), mencionado por 56%. Outras razões apontadas pelos entrevistados são: corrupção (34%), elevação dos juros (28%), desemprego, já que 19% conhecem alguém que perdeu o emprego e mais 8% dizem que eles próprios já estão desempregados, e alta do dólar (13%), entre outros. A pesquisa foi realizada entre os dias 9 e 13 de abril de 2015, com 2002 pessoas de 16 anos ou mais, em 142 municípios.

  • Petistas e peemedebistas descartaram a possibilidade de o vice-presidente, Michel Temer, deixar a articulação política do governo. Neste domingo, o jornal “O Estado de São Paulo” publicou entrevista em que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), avisa que, se Temer deixar o posto, o PMDB romperá com o governo.

    Para o líder do PT no Senado, Humberto Costa (PT-PE), a declaração é “uma crise artificialmente fabricada” com o propósito de criar polêmica.

    — Não vejo de onde partiu isso, são intrigas geradas o tempo inteiro, não acredito que Aloizio Mercadante (ministro-chefe da Casa Civil) tenha trabalhado com essa intenção. Melhorou bastante a articulação política com a entrada de Temer, conseguimos algumas vitórias importantes, não vejo razão para que ele saia. É uma crise artificialmente fabricada, pode ser pretexto para alguns gerarem polêmica — avaliou o líder petista.

  • A tentativa de liquidar antecipadamente a candidatura de Lula em 2018 tem proporcionado momentos hilários. O instituto criado pelo petista é “acusado” de receber dinheiro da empreiteira Camargo Corrêa.

    Aí surge uma reportagem de anos atrás, da revista “Época”, descrevendo como FHC arrumou seu futuro ainda no governo, passando o chapéu num jantar no Alvorada com figuras carimbadas do PIB nacional.

    Duas questões. A primeira: a qual político influente a Camargo Corrêa e outras empreiteiras não doaram dinheiro neste país?

    A segunda: você conhece algum ex-presidente, mesmo fracassado, que não cobra por palestras após o fim do mandato?