Campanha pedirá redução do consumo de energia…

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O governo vai começar uma campanha publicitária pela redução do consumo de energia em 1º de março. A propaganda será veiculada por 30 dias em cadeia nacional de rádio e TV. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) apresentou às distribuidoras um resumo do que quer. A ideia é fazer uma campanha pelo uso racional de energia. Termos como racionamento e crise estão terminantemente proibidos no anúncio.

A campanha é compulsória e será financiada com recursos das próprias distribuidoras, que são obrigadas a recolher 0,5% de sua receita operacional líquida para um fundo e aplicar os recursos em projetos de eficiência energética. Cinco agências vão concorrer e apresentar seus projetos no início da próxima semana.

Embora a Aneel não tenha definido uma meta de economia de energia, fontes do governo afirmam que o País precisa obter redução de 5% no consumo para evitar um racionamento. O problema é que os consumidores residenciais, principais alvos da campanha usam apenas 40% de toda a energia do País. Se todas as residências poupassem 10%, a economia global seria de 4% da carga total, atualmente de 70 mil MW médios.

A Aneel não estabeleceu que tipo de medidas devem ser veiculadas. O órgão regulador quer que essas ações sejam elaboradas e exploradas pelos publicitários. As distribuidoras não vão aparecer claramente na campanha, já que algumas delas, como Light e Cemig, estão com propagandas próprias em favor da redução do consumo.

Para as distribuidoras, a campanha começará muito tarde e já deveria ter sido adotada no ano passado. Apesar do aumento das chuvas, os reservatórios das hidrelétricas estão se recuperando muito lentamente.

O País conta com pouco mais de dois meses antes do fim do período úmido, em abril. “A situação é preocupante”, admitiu uma fonte. “É uma pena. Essa campanha de uso racional deveria ter começado no ano passado.” A Aneel quer aproveitar a propaganda para informar a população sobre o sistema de bandeiras tarifárias. Os novos valores entram em vigor em março.

Agência Estado