As definições da oposição para as eleições…

Por Edmar Lyra

Em conversa com um importante ator da oposição mas que não é Armando Monteiro nem Fernando Bezerra Coelho, recebi a informação de que além da candidatura única a governador, ficou determinado no último sábado que a oposição marchará com um chapão para deputado federal e outro para deputado estadual. Além do mais, apesar do subentendimento que o candidato poderia ser Armando Monteiro, se até o dia 7 de abril Fernando Bezerra Coelho estiver com o MDB, ele ganhará força para ser o candidato das oposições.

O que será levado em conta, mais do que a intenção de votos, será a vontade de quem for o candidato oposicionista de entrar para a disputa. Caso não haja solução sobre o MDB até o dia 20 de abril, prazo estipulado para o lançamento da pré-candidatura, Armando Monteiro será o nome que representará as oposições em outubro. E a partir de então se iniciarão as articulações sobre quem serão os três companheiros de chapa de Armando, um para a vice e dois para o Senado.

O ministro de Minas e Energia Fernando Filho não será vice de Armando porque está estabelecido em Brasília e seu projeto é tentar seguir na esplanada em 2019, portanto irá para a reeleição de deputado federal. Já Mendonça Filho e Bruno Araújo avaliarão a viabilidade eleitoral e as circunstâncias políticas para decidirem se entram para o Senado ou se buscam a reeleição de federal.

A conta da oposição para as chapas proporcionais gira em torno de eleger de nove a dez federais e de doze a treze estaduais nos seus respectivos chapões. E eles acreditam que um deputado estadual precisará de 40 mil votos no máximo para se eleger na chapa, enquanto um federal necessitará de no máximo 80 mil. A oposição entende que se tornará mais atrativa para outros parlamentares, uma vez que na Frente Popular serão necessários pelo menos 45 mil para estadual e 90 mil votos de federal para começar a brigar pelas últimas vagas.

Por fim, lideranças políticas como Sebastião Oliveira e os irmãos Ferreira, poderiam ser atraídos pela oposição para compor a chapa majoritária, fato que não se tem na chapa de Paulo Câmara uma vez que está pacificada a indicação de João Paulo e Jarbas Vasconcelos para duas das três vagas que ainda restam no governo. (Edmar Lyra)