Armando diz que exportação ajuda a reativar economia…

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O senador Armando Monteiro (PTB-PE) ocupou, ontem a tribuna para contestar afirmação do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, minimizando a importância das exportações na recuperação da atividade econômica. “Em quatro dos seis períodos recessivos enfrentados pelo país desde 1996, a retomada do crescimento econômico se deu, em grande medida, pelo aumento das exportações líquidas”, declarou no seu discurso em plenário.

Meirelles afirmara, em entrevista recente à revista Veja, que como o comércio exterior representa uma pequena parcela da economia brasileira, é limitado seu efeito na retomada da economia. Segundo o senador pernambucano, ao contrário, a forte valorização cambial que vem ocorrendo, de cerca de 20% desde o início do ano, pode prejudicar a retomada da atividade da economia por meio do canal externo.

“A continuidade da apreciação cambial irá estancar a expansão econômica proporcionada pelo crescimento das exportações líquidas de bens e serviços”, alertou Armando, que foi ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior do governo Dilma Rousseff.

Continua…

Citando dados do IBGE e do Banco Central, informou que em 2015 o impacto do setor externo no PIB (Produto Interno Bruto) foi de 2,7 pontos percentuais, a primeira contribuição positiva em dez anos, e será, este ano, de três pontos percentuais positivos. Na sua visão, isso evitará uma queda mais acentuada do PIB, que registrou 3,8% em 2015 e menos 0,6% no segundo trimestre deste ano em relação ao trimestre anterior. 

O senador petebista lembrou que a corrente de comércio (soma das exportações e importações) do Brasil atingiu US$ 363 bilhões no ano passado, representando 20% do PIB, com as vendas externas de bens e serviços crescendo 6,1%, contra um recuo nas importações de 14,3%.

“É importante mencionar ainda que o bom desempenho do setor externo “ – assinalou Armando Monteiro em seu pronunciamento – “fomenta o aumento da produção doméstica, com um efeito multiplicador sobre a demanda interna, ou seja, não há dicotomia entre estes segmentos. Contratar demanda externa significa reforçar a dinâmica do crescimento do consumo e do investimento no país”. (Magno Martins)