2016: o ano do centenário de Miguel Arraes…

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Se 2015 foi “o ano” de Eduardo Campos com diversas homenagens ao ex-governador por conta da passagem do primeiro ano de sua morte, em 2016 quem terá destaque será Miguel Arraes. O Partido Socialista Brasileiro (PSB) está programando uma série de atividades para celebrar o centenário do cearense, cuja carreira e fama política teve início em Pernambuco. Os eventos serão coordenados por uma comissão formada por membros membros do Governo do Estado, da Assembleia Legislativa, do Instituto Miguel Arraes e do PSB.

Arraes nasceu em 15 de dezembro de 1916 e morreu em 13 de agosto de 2005, aos 88 anos. As atividades em sua homenagem não ocorrerão apenas em dezembro de 2016, mas serão realizadas no decorrer do próximo ano. “Teremos uma série de homenagens a doutor Arraes, que é um patrimônio do partido e da esquerda brasileira. Essa comissão terá a função de pensar e executar as homenagens a uma de nossas maiores lideranças históricas”, destaca o presidente estadual do PSB, Sileno Guedes. 

Entre os integrantes da comissão formada para cuidar do calendário de homenagens estão o presidente da seção Pernambuco da Fundação João Mangabeira, Evaldo Costa, a secretária nacional de mulheres do PSB, Dora Pires, e o secretário especial de cultura do partido, Pedro Mendes. Os secretários estaduais Antônio Figueira (Casa Civil) e Milton Coelho (Administração), que conviveram com Arraes, representarão o governo estadual.

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Recentemente, o governador Paulo Câmara (PSB) recebeu os familiares do ex-governador no Palácio do Campo das Princesas. “Arraes fez programa sociais fundamentais para a melhor distribuição de renda no nosso Estado. As novas gerações precisam conhecer a história desse homem. Diante do momento que nós estamos vivendo, com tanta paralisia e tanta coisa errada, ele é uma das vozes que fazem falta ao Brasil. Por tudo que ele representa e, acima de tudo, pelos valores que ele pregava. Valores que são fundamentais para o desenvolvimento do País que a gente quer”, pontuou.

No total, Arraes governou Pernambuco em três oportunidades (1963-1964; 1987-1990; 1995-1999), foi deputado federal por três mandatos e secretário de Estado e prefeito do Recife. Na década de 1960, foi deposto pelo governo militar, preso e depois cumpriu exílio na Argélia. “Além da sua atuação no Brasil, é importante resgatar os detalhes da história de Arraes na Argélia. Ele contribuiu com as suas experiências no continente africano, na questão da água e das tecnologias de infraestrutura”, enfatizou Ana Arraes, ministra do Tribunal de Contas da União (TCU), filha do ex-governador e mãe de Eduardo Campos.  JC Online